Governo mineiro vai aumentar investimentos no setor de energia no Rio de Janeiro

O governo de Minas Gerais vai aumentar seus investimentos na área de energia no estado do Rio de Janeiro. Depois de abocanhar uma importante fatia no capital da Light – de 26,06%, por meio da distribuidora mineira Cemig, que é de propriedade do governo estadual -, agora é a vez da CEG, a centenária distribuidora de gás canalizado, que foi privatizada pelo governo estadual em 1997.
A Cemig, controladora da Gásmig, e a gigante espanhola Gas Natural Fenosa – que detém a CEG, a CEG Rio e a Gás Natural São Paulo Sul – firmaram uma associação para a criação da Gás Natural do Brasil.
A nova empresa, que unirá as atividades de distribuição de gás das quatro companhias nasce como a maior distribuidora de gás canalizado do país, com um mercado total de 26 milhões de metros cúbicos por dia e cerca de 900 mil clientes – quase duas vezes maior do que a Comgás, de São Paulo, com volume de cerca de 16 milhões de metros cúbicos diários.
O negócio foi confirmado em fato relevante enviado pela Cemig à Bolsa de Valores de São Paulo no último dia 16. Na nota, a companhia informa que no dia 13 as duas empresas formalizaram a associação.
A participação de cada sócio no negócio não foi oficialmente revelada, mas fontes disseram que a Gas Natural Fenosa será majoritária. Procurada, a Cemig disse que não daria qualquer outra informação além da que estava no fato relevante. A CEG, por sua vez, afirmou que não comentaria o assunto por ser uma questão ligada a sua controladora.
A Cemig vai participar do negócio com os 60% que detém na Gásmig. A Petrobras que tem a fatia de 40% restantes deve sair da empresa, segundo fontes. Já a Gas Natural entrará com suas três distribuidoras.
Segundo fontes próximas às duas empresas, o objetivo da Gásmig com a associação à Gas Natural Fenosa é ter condições de expandir sua atuação na distribuição de gás natural canalizado. A empresa tem um mercado ainda muito pequeno em Minas e precisa fazer pesados investimentos para expandir sua rede de gasodutos, mas não conseguia aprovação dos projetos de seu outro sócio, a Petrobras que não quer aportar dinheiro em distribuição.
A Gásmig precisa construir um gasoduto de quase 500 quilômetros na região metropolitana de Belo Horizonte até Uberaba, para fornecer gás a uma fábrica de fertilizantes da Petrobras, exigindo investimentos da ordem de US$ 1 bilhão, e que terá que ficar pronto até 2016. Por sua vez, a espanhola Gas Natural também tem interesse em ampliar seus negócios entrando no mercado mineiro.

http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/economia/2014/06/19/internas_economia,511220/governo-mineiro-vai-aumentar-investimentos-no-setor-de-energia-no-rio-de-janeiro.shtml

 

 

 

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