Gerente executiva da Petrobras traça panorama do pré-sal

A produção no pré-sal já supera 400 mil barris de petróleo por dia. Esse patamar foi atingido apenas oito anos após a primeira descoberta, mais rápido do que o desenvolvimento de outros campos em águas ultraprofundas ao redor do mundo. No Golfo do México, por exemplo, foram necessários 19 anos para se atingir esse mesmo nível de produção; no Mar do Norte, nove e, na Bacia de Campos (Brasil), esse índice foi alcançado 16 anos após a primeira descoberta. As informações foram dadas pela gerente executiva da Petrobras para a área de Libra, Anelise Lara, durante o painel “Deep Water exploration and production” (Exploração e produção em águas profundas), no World Petroleum Congress (WPC), que acontece em Moscou. “A produção acumulada no pré-sal atingiu 343 milhões de barris de petróleo e gás equivalente (boe), de setembro de 2008 a abril de 2014”, complementou Anelise.
A executiva ressaltou o índice de sucesso geológico de 100% na província do pré-sal e destacou a diminuição no tempo de perfuração dos poços na região:
- Quando o primeiro poço foi perfurado, em 2006, levamos 134 dias entre o início do poço até o último metro perfurado. Em 2013, esse tempo chegou a 60 dias.
Ela mostrou os nove FPSOs (unidades que produzem, armazenam e transferem petróleo, na sigla em inglês) que operam atualmente no pré-sal brasileiro.
- Até 2020, teremos mais 24 sistemas definitivos de produção no pré-sal que vão produzir em torno de 2 milhões de barris de petróleo por dia – dimensionou. A gerente apresentou o trabalho “Challenges and Solutions to Develop Brazilian Pre-salt Deepwater Fields” (Desafios e soluções para o desenvolvimento do pré-sal brasileiro), feito em coautoria com outros empregados da área de Exploração e Produção da Petrobras.
Em outra apresentação, o gerente geral da área de exploração da Petrobras, Jeferson Luiz Dias, falou sobre os investimentos da companhia em exploração e produção: serão US$ 153,9 bilhões no período 2014-2018. Desse total, US$ 23 bilhões serão destinados à exploração, sendo 27% apenas para o pré-sal (US$ 6,4 bilhões). O restante, US$ 112,5 bilhões, será investido em produção, com 64% totalmente voltados para o pré-sal (US$ 71,8 bilhões). Além desses investimentos, US$ 18 bilhões serão investidos em infra-estrutura.
- Considerando-se a parcela da Petrobras mais a participação dos parceiros (US$ 44,8 bilhões), o total desembolsado em exploração e produção para este período será de US$ 198,7 bilhões, ou seja, quase US$ 200 bilhões – dimensionou Dias.
O gerente mostrou também a participação do pré-sal na curva de produção da Petrobras até 2020. Se hoje o pré-sal responde por aproximadamente 16% do total da produção, de 2,1 milhões de barris de petróleo por dia, em 2020 responderá por 53% do total da produção, que será de 4,2 milhões de barris por dia. “Sendo assim, a contribuição do pré-sal será decisiva para a Petrobras alcançar as metas estabelecidas pelo PNG 2014-2018 e o planejamento estratégico 2030”, concluiu.

http://www.monitormercantil.com.br/index.php?pagina=Noticias&Noticia=154233&Categoria=EMPRESAS

 

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