A Petrobras iniciou na sexta-feira passada (8/7) a produção de petróleo e gás do projeto Lula Central, décimo grande sistema definitivo de produção operando no pré-sal. A estabilização da produção em torno de 30 mil barris por dia (bpd) foi alcançada ontem (11/7).
Localizado no pré-sal da Bacia de Santos, no Campo de Lula, costa do Rio de Janeiro, o sistema está interligado ao FPSO Cidade de Saquarema através do poço produtor 8-LL-81D-RJS. A unidade tem capacidade para produzir diariamente 150 mil barris de petróleo e comprimir até 6 milhões m³/dia de gás, estando ancorada em área com lâmina d’água de 2.120 metros de profundidade. O escopo completo do projeto Lula Central inclui 18 poços, sendo nove produtores, quatro injetores WAG (água ou gás) e cinco injetores de água.
Este sistema é o segundo a iniciar operação apenas este ano no pré-sal da Bacia de Santos, em um momento em que a produção de petróleo nessa camada geológica nasBacias de Santos e Campos já responde por cerca de 40% do total que operamos no Brasil e superou, no dia 8 de maio, o patamar diário de 1 milhão de barris de petróleo por dia (bpd).
A entrada de novos sistemas e a manutenção do desempenho dos que já operam a plena capacidade, aliados ao crescimento da produção dos sistemas mais recentes vêm contribuindo para os excelentes resultados alcançados no pré-sal.
Alta produtividade do pré-sal - Esse desempenho é fruto, dentre outros fatores, da produtividade dos poços interligados no pré-sal da Bacia de Santos. O volume expressivo produzido por poço nessa região, em torno de 25 mil bpd, está muito acima da média da indústria. Dos dez poços com maior produção no Brasil, nove estão localizados nessa área. O mais produtivo está localizado no campo de Lula, com uma vazão média diária de 36 mil barris de petróleo. Essa alta produtividade resulta em uma redução contínua do custo de extração, que atingiu um valor inferior a US$ 8 por barril no primeiro trimestre deste ano. Um resultado bastante significativo, se comparado com a média da indústria.
Além disso, a alta produtividade dos reservatórios tem exigido menor número de poços por sistema de produção que, aliada à melhoria da eficácia na construção dos poços, tem permitido uma forte redução nos investimentos dos projetos em implantação, aumentando a rentabilidade deles. O tempo médio para construção de um poço marítimo no pré-sal da Bacia de Santos, por exemplo, caiu 71% entre 2010 e 2016, passando de 310 dias em 2010 para 89 dias nos cinco primeiros meses de 2016.
Todos esses índices têm ajudado a consolidar a Bacia de Santos como um importante polo produtor da companhia, já respondendo por mais de 70% da produção da camada pré-sal. Somente no campo de Lula, o primeiro a produzir no polo pré-sal daquela bacia, cinco grandes sistemas estão em operação, apenas dez anos após sua descoberta. São eles: Piloto de Lula (FPSO Cidade de Angra dos Reis), Piloto de Lula Nordeste (FPSO Cidade de Paraty), Lula/Área de Iracema Sul (FPSO Cidade de Mangaratiba), Lula/Área de Iracema Norte (FPSO Cidade de Itaguaí) e Lula Alto (FPSO Cidade de Maricá).
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