QUÍMICA

  • Química
    • O que é?
    • Aplicação no dia a dia
  • A indústria
    • Classificação
    • Evolução
    • Tempos atuais
    • Principais desafios e ameaças
    • Sobre o setor
  • BNDES
    • Diversificação da Indústria Química
    • Estudos

    

            Indústria Química no Brasil

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O que é?

A Química está presente em inúmeras situações de nossas vidas. No entanto, muitas pessoas têm dificuldade em relacionar a teoria estudada com as aplicações práticas do conteúdo em nosso cotidiano.

Quando uma folha de árvore é exposta à luz do sol e é iniciado o processo da fotossíntese, o que está ocorrendo é química. Quando o nosso cérebro processa milhões de informações para comandar nossos movimentos, nossas emoções ou nossas ações, o que está ocorrendo é química.

A química está presente em todos os seres vivos. O corpo humano, por exemplo, é uma grande usina química. Reações químicas ocorrem a cada segundo para que o ser humano possa continuar vivo. Quando não há mais química, não há mais vida.

Há muitos séculos, o homem começou a estudar os fenômenos químicos. Os alquimistas podiam estar buscando a transmutação de metais. Outros buscavam o elixir da longa vida. Mas o fato é que, ao misturarem extratos de plantas e substâncias retiradas de animais, nossos primeiros químicos também já estavam procurando encontrar poções que curassem doenças ou pelo menos aliviassem as dores dos pobres mortais. Com seus experimentos, eles davam início a uma ciência que amplia constantemente os horizontes do homem. Com o tempo, foram sendo descobertos novos produtos, novas aplicações,  novas substâncias. O homem foi aprendendo a sintetizar elementos presentes na natureza, a desenvolver novas moléculas, a modificar a composição de materiais. A química foi se tornando mais e mais importante até ter uma presença tão grande em nosso dia-a-dia, que nós nem nos damos mais conta do que é ou não é química.

O que sabemos, no entanto, é que, sem a química, a civilização não teria atingido o atual estágio científico e tecnológico que permite ao homem sondar as fronteiras do universo, deslocar-se à velocidade do som, produzir alimentos em pleno deserto, tornar potável a água do mar, desenvolver medicamentos para doenças antes consideradas incuráveis e multiplicar bens e produtos cujo acesso era restrito a poucos privilegiados. Tudo isso porque QUÍMICA É VIDA.

A química vem da Natureza. Todos os produtos químicos, sejam os chamados naturais ou os sintéticos, são produzidos a partir de matérias-primas encontradas na Natureza. Até porque, como dizia Lavoisier, na Natureza nada se cria, nada se perde; tudo se transforam. A água do mar, o petróleo, o carvão, os mais diversos minerais, a agricultura e a pecuária são exemplos das fontes de recursos básicos utilizados para a fabricação dos produtos químicos.

(Fonte: Abiquim)

 

Aplicação no dia a dia

Ciência sempre presente

A química está na base do desenvolvimento econômico e tecnológico. Da siderurgia à indústria da informática, das artes à construção civil, da agricultura à indústria aeroespacial, não há área ou setor que não utilize em seus processos ou produtos algum insumo de origem química. Com alto grau de desenvolvimento científico e tecnológico, a indústria química transforma elementos presentes na natureza em produtos úteis ao homem. Substâncias são modificadas e recombinadas, através de avançados processos, para gerar matérias-primas que serão empregadas na formulação de medicamentos, na geração de energia, na produção de alimentos, na purificação da água, na fabricação de bens como automóveis e computadores, na construção de moradias e na produção de uma infinidade de itens, como roupas, utensílios domésticos e artigos de higiene que estão no dia-a-dia da vida moderna.

 

A química da água pura

A água é a substância química mais abundante em nosso planeta. Ela cobre três quartos da superfície da terra. Mas apenas uma pequena parte desse volume é potável e está próxima aos centros urbanos. Sem a química, seria impossível assegurar à população o abastecimento de água. É através de processos químicos que a água imprópria ao consumo é transformada em água pura, límpida, sem contaminantes. O dióxido de cloro, por exemplo, é utilizado para oxidar detritos e destruir microorganismos. O cloreto de ferro e o sulfato de alumínio absorvem e precipitam a sujeira em suspensão, eliminando também cor, gosto e odores. O carbono ativo retém micropoluentes e detergentes. Soda e cal neutralizam a acidez da água. É a indústria química que fornece esses e outros produtos, permitindo ao homem continuar a usufruir de um elemento essencial à vida: água pura e saudável.

 

A química que alimenta

Como alimentar uma população em constante crescimento sem esgotar os recursos naturais do solo? A resposta é dada pela química. É através de produtos químicos que se fertiliza a terra, conservando e aumentando o seu potencial produtivo. A reposição de elementos como o nitrogênio, fósforo, potássio e cálcio, entre outros, retirados pela ação de chuvas, ventos, queimadas e constantes colheitas, é fundamental para manter a produtividade da terra. Sem os fertilizantes químicos, áreas esgotadas ou impróprias à agricultura teriam sido abandonadas, com consequente queda na produção de alimentos. Mais: novas áreas agrícolas teriam de ser abertas, reduzindo as reservas de matas e florestas. Também os defensivos químicos têm um importante papel nessa tarefa. Com eles, o agricultor garante a qualidade dos alimentos, a produtividade das plantações e evita a disseminação de doenças. Na pecuária, os medicamentos veterinários preservam a saúde dos rebanhos, evitam epidemias e aumentam a produtividade. A química, como se vê, é fértil em soluções que possam ajudar o homem a vencer o fantasma da fome.

 

A química da saúde

A química está presente em praticamente todos os medicamentos modernos. Sem ela, os cientistas não poderiam sintetizar novas moléculas, que curam doenças e fortalecem a saúde humana. Mas a aplicação da química vai além dos medicamentos. Ela cerca o homem de outros cuidados que prolongam e protegem a vida. Fornecedor de uma quantidade fantástica de produtos básicos para outras indústrias, o setor químico também desenvolveu matérias-primas específicas para a medicina. Válvulas cardíacas, próteses anatômicas, seringas descartáveis, luvas cirúrgicas, recipientes para soro, tubos flexíveis e atóxicos e embalagens para coleta e armazenamento de sangue são apenas alguns dos exemplos dos produtos de origem química que revolucionaram a medicina. Hospitais, clínicas, laboratórios, enfermarias e unidades de terapia intensiva têm na química uma parceira indispensável. Os modernos equipamentos utilizados em cirurgias ou diagnósticos foram fabricados com matérias-primas químicas. Avançados desinfetantes combatem o risco de infecções. Reagentes aceleram o resultado de exames laboratoriais. Na medicina, mais do que em qualquer outra atividade, fica patente que química é vida.

 

A química do dia a dia

A química nos acompanha 24 horas por dia. Ela está presente em praticamente todos os produtos que utilizamos no dia-a-dia. Do sofisticado computador à singela caneta esferográfica, do possante automóvel ao carrinho de brinquedo, não há produto que não utilize matérias-primas fornecidas pela indústria química. Teclados, gabinetes e disquetes dos computadores, para ficar apenas em alguns exemplos, são moldados em resinas plásticas. No automóvel, há uma lista enorme de produtos de origem química: volantes, painéis, forração, bancos, fiação elétrica encapada com isolantes plásticos, mangueiras, tanques de combustível, pára-choques e pneus são apenas alguns desses itens. A maioria dos alimentos chegou às nossas mãos em embalagens desenvolvidas pela química. Em nossas roupas, há fibras sintéticas e corantes de origem química. Em nossa casa, há uma infinidade de produtos fornecidos, direta ou indiretamente, pela indústria química: a tinta que reveste as paredes, potes e brinquedos em plástico, tubos para condução de água e eletricidade, tapetes, carpetes e cortinas. Isso sem falar nos componentes químicos das máquinas de lavar roupas e louças, na geladeira, no microondas, no videogame e no televisor. Nos produtos que utilizamos em nossa higiene pessoal e na limpeza da casa também podemos perceber a presença da química. É só prestar atenção. Nosso cotidiano seria realmente muito mais difícil sem a química. É para ajudar o homem a ter mais saúde, mais conforto, mais lazer e mais segurança que a indústria química investe dia-a-dia em tecnologia, em processos seguros e no desenvolvimento de novos produtos. O resultado é o progresso.

 

A química dos novos materiais

Um dos principais ramos industriais da química é o segmento petroquímico. A partir do eteno, obtido da nafta derivada do petróleo ou diretamente do gás natural, a petroquímica dá origem a uma série de matérias-primas que permite ao homem fabricar novos materiais, substituindo com vantagens a madeira, peles de animais e outros produtos naturais. O plástico e as fibras sintéticas são dois desses produtos. O polietileno de alta densidade (PEAD), o polietileno de baixa densidade (PEBD), o polietileno tereftalato (PET), o polipropileno (PP), o poliestireno (PS), o policloreto de vinila (PVC) e o etileno acetato de vinila (EVA) são as principais resinas termoplásticas. Nas empresas transformadoras, essas resinas darão origem a autopeças, componentes para computadores e para as indústrias aeroespacial e eletroeletrônica, a garrafas, calçados, brinquedos, isolantes térmicos e acústicos …enfim, a tantos itens que fica difícil imaginar o mundo, hoje, sem o plástico, tantas e tão diversas são as suas aplicações. Os produtos das centrais petroquímicas também são utilizados para a produção, entre outros, de etilenoglicol, ácido tereftálico, dimetiltereftalato e acrilonitrila, matérias-primas para a produção dos fios e fibras de poliéster, de náilon, acrílicos e do elastano. As fibras sintéticas, em associação ou não com fibras naturais como o algodão e a lã, são transformadas em artigos têxteis e em produtos utilizados por diferentes indústrias, como a de pneumáticos, por exemplo. E, a cada dia, surgem novas aplicações para as fibras sintéticas e para as resinas termoplásticas. Resultado: maior produção, menores preços e maior facilidade de acesso da população aos bens de consumo, gerando mais qualidade de vida.

 

A química desenha o futuro

Veículos totalmente recicláveis, construídos com materiais mais resistentes porém mais leves do que o aço. Moradias seguras e confortáveis, erguidas rapidamente e a um custo mais baixo. Produtos que, ao entrar em contato com o solo, são degradados e se transformam em substâncias que ajudam a recuperar a fertilidade da terra. Plantações de vegetais que produzem plásticos. Combustíveis de alto rendimento energético e não-poluentes. Medicamentos ainda mais eficazes. Substâncias capazes de tornar inertes os esgotos de toda uma cidade. Recuperação de áreas devastadas por séculos de exploração. Sonhos? Não para a química, uma ciência que constantemente amplia as fronteiras do conhecimento. Voltada para o futuro, a indústria química investe grande parte do seu faturamento em pesquisa e desenvolvimento. Foi a indústria química que, com as fibras sintéticas, permitiu ao setor têxtil ampliar a produção e baratear os preços das roupas. Com os plásticos, foram criadas embalagens que conservam alimentos e remédios por longos períodos, tubos resistentes à corrosão e peças e componentes utilizados pelas mais diferentes indústrias. Isto para ficar apenas em alguns exemplos. Da mesma forma, será a indústria química que facilitará ao homem desenvolver processos e materiais que lhe permitirão assegurar alimento, moradia e conforto às novas gerações. Muito do futuro do homem e do planeta está sendo desenhado hoje pela química.

 

A química responsável

Evitar ou controlar o impacto causado pelas atividades humanas ao meio ambiente é uma preocupação mundial. Como em muitas outras atividades, a fabricação de produtos químicos envolve riscos. Mas a indústria química, apontada por muitos anos como vilã nas agressões à natureza, tem investido em equipamentos de controle, em novos sistemas gerenciais e em processos tecnológicos para reduzir ao mínimo o risco de acidentes ecológicos. Um exemplo da aplicação dessa nova visão é o Programa Atuação Responsável®, coordenado em âmbito nacional pela Associação Brasileira da Indústria Química – ABIQUIM. O Programa Atuação Responsável® estabelece procedimentos de melhoria contínua em vários campos de atividade da indústria, com destaque para a redução na emissão de efluentes, controle de resíduos, saúde e segurança no trabalho e preparação para o atendimento a emergências. Todo o ciclo de vida de um produto químico é detidamente analisado para evitar qualquer risco ao meio ambiente, mesmo quando a embalagem é descartada pelo consumidor. Efluentes e resíduos são tratados até se tornarem inertes. Sofisticados equipamentos de controle ambiental estão em operação em várias empresas. Equipes são constantemente treinadas para atuarem prontamente em caso de acidentes com produtos químicos, evitando riscos ao homem e ao meio ambiente. A indústria química trabalha, investe e pesquisa para jogar limpo com a natureza. Um jogo em que todos ganham.

(Fonte: Abiquim)


A indústria

A indústria química desempenha relevante papel na economia, pois é fornecedora de matérias-primas e produtos para todos os setores produtivos, da agricultura ao aeroespacial.

No Brasil, o setor químico é o segundo em importância na formação do PIB Industrial. A Indústria Química brasileira só fica atrás da Indústria de Alimentos (1ª), da Indústria de Petróleo e Derivados (2ª) e da Indústria Automotiva (3ª) no PIB industrial brasileiro. Já foi a primeira no ranking na década de 90: de 1992 a 1994, a Indústria Química ocupou a liderança no PIB industrial; de 1995 a 2004 ficou na 2ª posição; de 2005 a 2007 ficou em 3ª; a partir de 2008 está em 4ª.

A Indústria Química brasileira é a sétima maior do mundo em termos de faturamento, com singela diferença para o sexto e quinto colocado, França e Coréia do Sul, respectivamente.

Os setores mais deficitários da Indústria Química são os de produtos farmacêuticos (US$ 5 bilhões), defensivos agrícolas e fertilizantes (US$ 4,5 bilhões). Existe um déficit moderado para produtos de higiene, cosméticos e produtos de limpeza (US$ 500 milhões).

A indústria química utiliza muitas matérias-primas, orgânicas e inorgânicas. A nafta é matéria básica para uma série de produtos, que são chamados de petroquímicos, exatamente porque feitos a partir da nafta (ou de gás natural) e, conseqüentemente, do petróleo.

Quase todas as outras indústrias recebem matéria-prima da indústria química. É difícil imaginar algum produto de consumo em que a indústria química não esteja presente de alguma forma. Clique aqui para ver como os produtos químicos estão presentes no dia a dia.

Considerados todos os seus segmentos (produtos químicos industriais + produtos farmacêuticos + produtos de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos + defensivos agrícolas + adubos e fertilizantes + tintas e vernizes + produtos de limpeza + fertilizantes + fibras artificiais e sintéticas), a indústria química teve, em 2010, um faturamento líquido estimado de R$ 228,8 bilhões, o equivalente a US$ 130,2 bilhões. O faturamento líquido do segmento de produtos químicos industriais, acompanhado mais de perto pela Abiquim, atingiu o valor de R$ 112,7 bilhões, cerca de US$ 63,8 bilhões.

Em termos de faturamento líquido, é a sétima maior do mundo. A comparação tem como base o ano 2010 e refere-se à indústria química como um todo, uma vez que em muitos países não há estatísticas por segmento. Veja o quadro comparativo.

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Em 2010, o Brasil exportou US$ 13,1 bilhões em produtos químicos, valor 25,3% superior ao de 2009. As importações de produtos químicos somaram US$ 33,7 bilhões, o que representa incremento de 29,1%, na mesma comparação. O déficit na balança comercial brasileira de produtos químicos, de US$ 20,6 bilhões, cresceu 31,5%. Veja, em forma gráfica, os números dos últimos anos em valor e volume físico.

Considerados isoladamente, os produtos mais importados têm sido, em geral, as matérias-primas para fertilizantes. Já o mais exportado continua sendo a alumina calcinada. Veja as listas dos 50 produtos mais importados e dos 50 exportados.

 

Classificação

A classificação da indústria química e de seus segmentos já foi motivo de muitas divergências, o que dificultava a comparação e análise dos dados estatísticos referentes ao setor. Em algumas ocasiões, indústrias independentes, como a do refino do petróleo, por exemplo, eram confundidas com a indústria química propriamente dita. Em outras, segmentos tipicamente químicos, como os de resinas termoplásticas e de borracha sintética, não eram incluídos nas análises setoriais.

Com o objetivo de eliminar essas divergências, a ONU, há alguns anos, aprovou nova classificação internacional para a indústria química, incluindo-a na Revisão n° 3 da ISIC (International Standard Industry Classification) e recentemente na Revisão nº 4.

No Brasil, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, com o apoio da Abiquim, definiu, com base nos critérios aprovados pela ONU, uma nova Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) e promoveu o enquadramento de todos os produtos químicos nessa classificação.

Durante o ano de 2006, o IBGE redefiniu toda a estrutura da CNAE, adaptando-a à revisão nº 4 da ISIC. Após a conclusão dessa revisão, os segmentos que compõem as atividades da indústria química passaram a ser contemplados nas divisões 20 e 21 da CNAE 2.0, válida a partir de janeiro de 2007.

A indústria petroquímica é parte da indústria química. Caracteriza-se por utilizar um derivado de petróleo (a nafta) ou o gás natural como matérias-primas básicas. No entanto, muitos produtos chamados petroquímicos, como, por exemplo, o polietileno, podem ser obtidos tanto a partir dessas matérias-primas como a partir de outras, como o carvão (caso da África do Sul) ou o álcool (como ocorreu no passado, aqui mesmo no Brasil). As classificações oficiais da indústria química não utilizam em separado o conceito “petroquímica”.

Vale ressaltar que o refino de petróleo não é parte da indústria petroquímica Embora algumas publicações ainda juntem as duas coisas, são indústrias diferentes. O refino de petróleo é parte da indústria do petróleo. A petroquímica é parte da indústria química. Em geral, entende-se que a atividade petroquímica tem início com a produção do eteno e seus co-produtos, bem como de outros derivados da nafta ou do gás natural, de fins industriais.

 

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Evolução
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Tempos atuais

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Principais desafios e ameaças

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Sobre o setor

A apresentação abaixo da Abiquim engloba informações sobre a indústria química e exemplos da participação de produtos químicos em outros segmentos industriais.

A Industria Quimica-SobreSetor

 


Diversificação da Indústria Química

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), em parceria com a Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), identificará quais segmentos da área com alto valor agregado podem ser desenvolvidos no Brasil. Para tanto, foi encomendado um estudo – incluído no Plano Brasil Maior, em maio de 2012, dentro da agenda estruturante, de médio prazo –, que deve ficar pronto em maio de 2014. O consórcio vencedor da licitação do banco foi o da Bain Company e da Gas Energy, que trabalhará pelo período de um ano.

A iniciativa é vista como uma excelente oportunidade para diversificar e reduzir o deficit da indústria. O estudo analisará oportunidades, competitividade e tecnologia nas diversas cadeias, incluindo novos produtos de valor agregado. Uma vez pronto, deverá propor políticas exequíveis que acelerem o desenvolvimento da indústria no país. Além disso, o estudo abre possibilidades principalmente para as empresas menores, que não teriam como financiar uma pesquisa desse porte.

O responsável pela área do BNDES, Gabriel Gomes, avalia que o estudo é importante porque a química no Brasil é muito focada em commodities, que tem valor agregado baixo. Segundo ele, o setor é muito susceptível à competição de importados da Ásia e, agora, também dos Estados Unidos, pela matéria prima mais barata. E vários setores demandantes de química crescem, mas a indústria, não. O estudo ajudará, portanto, a identificar quais produtos poderiam ser feitos aqui, mas não estão sendo feitos, assegura Gomes.

Dados da Abiquim apontam que a indústria química no mundo fatura cerca de US$ 5 trilhões. No Brasil, o setor gera receitas de aproximadamente US$ 158 bilhões. Apesar de o país ocupar a sexta colocação entre as nações que mais arrecadam com a área, é baixa a contrapartida de reinvestimentos desses recursos em pesquisa e desenvolvimento (P&D). No exterior o índice de aplicação é de 2,7% das vendas. Por aqui, apenas 0,7%.

De acordo com o gerente do Departamento de Indústria Química do BNDES, Felipe Pereira, essa situação é consequência da atividade econômica instalada no Brasil. Ele explica que historicamente a opção nacional foi pela exportação de commodities, produtos caracterizados por larga escala e baixo valor agregado.

“Não adianta desejar que empresas atuantes no segmento de baixo valor agregado gastem muito dinheiro neste nicho. A solução é que elas tenham como atividade, segmentos que requerem mais aplicações financeiras em P&D”, ressaltou Pereira em entrevista à Agência Gestão CT&I durante o encontro reunião da Frente Parlamentar de CT&I (FPCTPI), no último dia 11 de junho deste ano, na Câmara dos Deputados, em Brasília (DF).

Um relatório apresentado em maio, pela Fundação Certi, na Câmara, apontou que nas reservas brasileiras há uma grande quantidade de monazita. Com uma tonelada desse elemento é possível desenvolver 360 quilos de ímãs, avaliados em US$ 36 mil.

Os ímãs são utilizados pela indústria para aumentar a capacidade de geradores elétricos e componentes que reduzem o consumo de energia de equipamentos. Como o Brasil não detém a tecnologia para produzir os ímãs, a commoditie é exportada por US$ 500 a tonelada.

Para o presidente da Abiquim, Fernando Figueiredo, a diversificação da indústria química contribuirá fortemente para o progresso da área. “Nós temos como meta ser, até 2020, o quinto país em termos de participação mundial no setor. A previsão é a de quase dobrar os nossos faturamentos”, afirma Figueiredo. O estudo representa um ponto de virada para a indústria, pois o objetivo é permitir um planejamento em longo prazo de modo a ter uma boa análise de mercado e atrair investimentos, acrescentou o presidente da Associação.

Com a finalidade de estimular os empresários brasileiros a seguir para as áreas definidas como estratégicas para o setor, o estudo prevê ainda a criação de programas governamentais para o setor. De acordo com Pereira, serão pesquisadas as melhores práticas nacionais e internacionais em políticas públicas, identificando aspectos socioeconômicos, benefícios, custos e obstáculos para o apoio à indústria.

(Fontes: Folha de São Paulo e Agência Gestão CT&I)

Estudos

Veja abaixo os estudos patrocinados pelo BNDES sobre a diversificação da Indústria Química brasileira.
(Fonte: BNDES)

Relatório 1

Relatório 2

Anexos – Relatório 2

 


Situação no Brasil

Faturamento

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(Fonte: Apresentação “Situação das indústrias petroquímica e Química no Brasil” – Marcos Antonio de Marchi – Elekeiroz S.A.)


Desafios para a competitividade
Crescimento Econômico e Desenvolvimento Econômico

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A indústria Química Brasileira

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Condições para Fortalecer os elos

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