Produção nacional volta a aumentar em Novembro e barril de petróleo atingirá USD 160 em 2035

Novembro, tendo-se situado, em média, em 1,737 milhões de barris diários, mais 21,2 mil barris diários que no mês anterior, revela o relatório mensal da Opep, Organização dos Países Produtores de Petróleo, citando as habituais ‘fontes secundárias’.

Em Novembro, entre os países que integram a organização, os que aumentaram a sua produção foi o Iraque (mais 192,1 mil barris diários), o Irão (mais 36,8 mil barris), reflectindo a distensão relativamente ao embargo ocidental, e Angola. Em contrapartida, a Líbia (menos 140,9 mil barris diários), a Nigéria (menos 104,4 mil barris), a Arábia Saudita (menos 87,6 mil barris), os Emiratos Árabes Unidos (menos 44,7 mil barris) e o Kuwait (menos 32,4 mil barris) foram os países que mais viram reduzir-se a respectiva produção.

No seu conjunto, os 12 países que integram a Opep atingiram, em Novembro, uma produção total de 29,633 milhões de barris de petróleo em média diária, menos 193,2 mil que em Outubro. Se excluirmos o Iraque, que não se encontra sujeito ao regime de quotas, a produção total da organização ainda decaiu mais no último mês: menos 385,3 mil barris diários que em Outubro.

Angola mantém-se como o segundo maior fornecedor da economia chinesa, com 16% das importações de crude da potência asiática, logo a seguir à Arábia Saudita, que assegura 22% das importações chinesas da matéria-prima, e antes do Oman (11%) e da Rússia (10%). Em Outubro, as importações chinesas de petróleo caíram significativamente (menos 1,45 milhões de barris, passando de 6,25 milhões em Setembro para 4,795 milhões em Outubro), uma variação negativa de 23%. Também nos Estados Unidos, que representa um mercado significativo para o petróleo angolano, ainda que em muito menor escala que o chinês, e já no que respeita aos dados de Novembro, registou um recuo significativo nas suas importações. As importações norte-americanas de crude diminuíram 129 mil barris diários em Novembro relativamente a Outubro, ficando nos 7,6 milhões de barris em média diária. Em relação ao último ano as importações dos Estados Unidos retraíram-se 6%. Já a Índia, e de acordo com os dados respeitantes a Outubro importou mais 2% de crude que no mês precedente. As importações indianas situaram-se em 3,69 milhões de barris em média diária.

PREÇOS DECLINAM

 

O preço de referência do barril da Opep caiu, pela primeira vez desde Julho, abaixo de USD 105 no último mês. A organização mantém inalteradas as suas previsões para o crescimento da economia mundial em 2013 e 2014 (2,9% e 3,5% respectivamente) e para a procura mundial em 2013 e 2014 e para o aumento da procura petrolífera (0,9 milhões de barris diários e um milhão de barris mas considera que a procura de petróleo junto de países não pertencentes à organização aumentará mais que a sua estimativa anterior em 2013 e 2014. O aumento de oferta provirá dos Estados Unidos, Canadá, os dois Sudão, Cazaquistão, Rússia e Colômbia. A estimativa para a procura de petróleo dos 12 membros da Opep para este ano e o próximo mantém-se inalterada (29,9 milhões de barris diários, menos que em 2012, e 29,6 milhões de barris diários, um declínio de 0,3 milhões de barris relativamente a este ano.

MAS ATINGIRÁ USD 160 EM 2035

 

Entretanto, no seu relatório anual, o ‘2013 World Oil Outlook’ a organização projecta que o preço de referência do barril Opep será, em média, de USD 110 até 2020, aumenta nos anos seguintes e atingindo os USD 160 em 2035. Segundo a Opep, no período 2014-2018, o crescimento da economia mundial evoluirá, em média, a um ritmo de 3,8 anualmente. Já ao longo do período que nos separa de 2035, a organização estima que a economia mundial cresça 3,5% em média anual.

A Opep, de que Angola e a que já presidiu, refere no seu relatório anual que, em África e no plano da refinação, aspecto em que o continente é fortemente deficitário, a refinaria do Lobito é o maior projecto em desenvolvimento, de acordo ‘com o recente anúncio feito pela Sonangol de que do seu funcionamento irá resultar um acréscimo de capacidade de 120 tb/d, a qual estará on-stream no primeiro trimestre de 2017’.

(Fonte: O País)

http://www.opais.net/pt/opais/?det=35411&id=1551&mid=

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