A presidente Dilma Rousseff disse nesta quarta-feira que a elevada demanda da Petrobras por plataformas marítimas e o fortalecimento da indústria naval criaram as condições para transformar o Brasil no maior produtor mundial destas gigantescas estruturas flutuantes. “(A plataforma) é a prova do ressurgimento da indústria naval no nosso país. O Brasil se tornará o maior produtor de plataformas de petróleo do Século XXI”, afirmou a presidente na cerimônia de inauguração do P-62, uma nova estrutura encomendada pela Petrobras. A demanda por uma plataforma com capacidade de explorar, armazenar e transferir petróleo e gás natural tende a crescer com o início da produção no pré-sal, que pode transformar o Brasil em um dos maiores exportadores mundiais de petróleo. Segundo Dilma, apenas para explorar Libra, a maior jazida já descoberta no país e a primeira do pré-sal a ser licitada, serão necessárias entre 12 e 18 plataformas marinhas, que terão de contar com conteúdo nacional, tanto em equipamentos como em serviços, de pelo menos 60%. Esta última condição praticamente obriga a Petrobras a encomendar todas suas plataformas nos estaleiros navais reabertos ou criados nos últimos anos no país para atender a demanda da indústria petrolífera. “Nós estamos dando mais um passo para que o nosso país seja um grande produtor e um grande transformador de petróleo”, afirmou Rousseff na sua visita ao estaleiro Atlântico Sul, em Pernambuco. A chefe de Estado garantiu que o país continuará importando equipes para a indústria petrolífera, mas esclareceu que o governo continuará com os esforços para aumentar o grau de conteúdo nacional das equipes que sejam utilizadas pela Petrobras. O P-62 conta com 63% de conteúdo nacional e sua construção gerou cinco mil empregos diretos. Rousseff lembrou que apenas este ano os estaleiros nacionais entregaram nove novas plataformas, o que demonstra o dinamismo da indústria naval brasileira. Segundo a presidente, este setor oferece atualmente 79 mil empregos, mais de 11 vezes os sete mil que tinha em 2003. A P-62 tem capacidade para produzir diariamente 180 mil barris de petróleo e seis milhões de metros cúbicos de gás. A plataforma reforçará a exploração no campo de Roncador, jazida da Petrobras na bacia de Campos em que a produção ainda é acima do pré-sal, e será instalada a 125 quilômetros do litoral do Rio de Janeiro em um ponto do Atlântico em que a profundidade chega a 1.600 metros. Antes da inauguração da nova plataforma, Dilma e a presidente da Petrobras, Graça Foster, visitaram as obras de construção da refinaria Abreu e Lima, que tem as operações previstas para começarem no início de 2014. Ela terá capacidade de processar 230 mil barris diários de petróleo, cerca de 11% da atual capacidade de refino do Brasil. 70% de sua produção será de diesel, um derivado que o Brasil ainda tem que importar em elevadas quantidades para satisfazer a demanda interna do combustível.EFE cm/cd
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(Fonte: R7)
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