Abiquim: Brasil precisa ter competitividade antes de ampliar abertura

SÃO PAULO  -  O  principal representante da Abiquim, associação da indústria química nacional,  afirmou na quarta-feira (10) que o setor não tem resistências à abertura  comercial, mas que, para isso, o país terá que fortalecer a competitividade da  indústria nacional.

“Se nos derem condições de competitividade, não tenho medo nenhum da abertura  comercial”, disse Fernando Figueiredo, presidente da Abiquim, durante seminário  sobre políticas de comércio exterior realizado na Fundação Getulio Vargas (FGV).  O executivo ressaltou que o Brasil não conseguirá ingressar na cadeia global de  valor enquanto mostrar problemas como deficiências de infraestrutura e um custo  Brasil elevado.

Ele ainda criticou os preços das matérias-primas no Brasil. Segundo ele, não  é possível diminuir os preços de produtos químicos quando o custo da nafta, seu  principal insumo, é 30% mais caro do que no mercado europeu ou o dobro do valor  pago nos Estados Unidos.

Conforme Figueiredo, o próximo governo não vai inaugurar nenhum projeto  químico porque não há nenhum em curso e cada um leva cinco anos para ser  concluído.

Mas o executivo ponderou que a indústria química brasileira está preparada  para competir no mercado internacional, lembrando que o setor tem quatro  empresas nacionais sólidas, com operações no exterior, e que todas as grandes  multinacionais desse setor já estão instaladas no Brasil há meio  século.

(Eduardo Laguna | Valor)

Matéria publicada originalmente na edição impressa do jornal VALOR ECONÔMICO,  de 11 de setembro de 2014

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