História do gás no Brasil

Início do emprego do gás no Brasil

No Brasil, é o Barão de Mauá o primeiro grande responsável pela introdução da iluminação pública a gás no Rio de Janeiro, ao ganhar a concorrência aberta pelo governo em 1849 – empreendimento para o qual reúne sócios no Brasil e na Inglaterra, numa prévia da relação que marca toda a expansão do emprego do gás natural nos meios produtivos e urbanos no país.

Dessa parceria, se estabelece na segunda metade do mesmo século a Societé Anonyme du Gaz. Entretanto, até o início do século XX, a iluminação a gás continuava restrita a espaços avançadamente urbanizados, onde já era possível encontrar, desde 1892, fornos e fogões de uso doméstico alimentados por gás.

Ao longo do século XX, as distribuidoras de gás canalizado usaram materiais como hulha e nafta para produzir o gás. O gás liquefeito de petróleo (GLP), por sua vez, começou a ser usado para cocção a partir de 1936.

Já o gás natural começou a ser usado no Nordeste na década de 1950. A produção teve início no estado da Bahia e era praticamente toda destinada às indústrias. Em 1959, verificou-se uma produção de 1 milhão de m3 por dia e, já uma década após, esse número saltou para 3,3 milhões de m3 por dia.

Fonte: http://catedradogas.iee.usp.br/gasnatural/historicobrasil.htm

 

Participação na matriz energética brasileira

Em 1973 e 1979 tivemos os chamados choques do petróleo, com forte elevação do valor do produto, cujos resultados o Brasil passou a sentir mais fortemente na década de 80 – é quando a alternativa do gás natural começa a despontar timidamente, com o desenvolvimento da exploração da Bacia de Campos.

O esforço no aproveitamento do potencial hidrelétrico mais que duplicou a participação percentual da energia hidráulica na matriz energética. O programa Pró-Álcool, por outro lado, elevou substancialmente os investimentos em plantio da cana.

Entre as iniciativas na direção da busca de alternativas, destaca-se o Gasoduto Bolívia-Brasil como parte do programa de política energética que, na década de 1990, marcou a retomada da exploração efetiva das reservas de gás natural. Foi fixada então pelo governo brasileiro a meta de elevar-se para 12%, até 2010, a participação desse combustível (hoje em 9,6%) na matriz energética brasileira.

Segundo estimativa da AES Corporation para o mercado americano, o crescimento no consumo desse combustível é estimado em 13% para os próximos cinco anos.

Acompanhe a evolução da Oferta Interna Bruta de Energia no Brasil, com base no Balanço Energético Nacional do Ministério das Minas e Energia.