Visão geral da Indústria

Os fertilizantes são compostos minerais ou orgânicos que visam suprir as deficiências em substâncias vitais à sobrevivência dos vegetais, aplicados na agricultura com o intuito de repor a extração realizada pela cultura, bem como aumentar a produtividade.

A indústria de fertilizantes destina-se basicamente à produção e comercialização de complementos aos nutrientes minerais encontrados no solo, indispensáveis ao crescimento e desenvolvimento das plantas, os quais atuam no crescimento dos vegetais juntamente com a luz solar, gás carbônico e água. A produção de fertilizantes está diretamente ligada à produção agrícola, e à disponibilidade de Matérias-Primas Básicas produzidas a custos economicamente viáveis.

- Nutrientes Essenciais: Nutrientes essenciais são aqueles que são imprescindíveis para que uma determinada planta complete seu ciclo de vida, afetando diretamente a sua produtividade. Dentre os nutrientes mais importantes encontrados na natureza e necessários ao desenvolvimento de plantas destacam-se: (i) macronutrientes primários: N (nitrogênio), P (fósforo) e K (potássio), os quais, quando misturados, passam a ser também conhecidos como fórmulas NPK; (ii) macronutrientes secundários: Cálcio (Ca), Magnésio (Mg) e Enxofre (S); e (iii) micronutrientes: Boro (B), Cloro (Cl), Cobre (Cu), Ferro (Fe), Manganês (Mn), Molibdênio (Mo), Zinco (Zn), Cobalto (Co), Silício (Si) e outros elementos que a pesquisa científica vier a definir, expressos nas suas formas elementares.

- Classificação dos Fertilizantes: Os fertilizantes são classificados quanto à natureza da sua composição, à quantidade de nutrientes que o compõem e quanto ao tipo de macronutriente primário que o caracteriza.

Abaixo, quadro explicativo sobre a produção dos fertilizantes, desde a extração das Matérias-Primas Básicas:
 
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A indústria Brasileira 

Segundo dados da ANDA, o mercado de fertilizantes brasileiro foi de foi de 29,5 milhões de toneladas em 2012. Os Estados de Mato Grosso, São Paulo, Paraná, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Goiás foram responsáveis por 17,8%, 13,7%, 11,8%, 12,3%, 12,0% e 8,9%, respectivamente, de suas vendas em termos de volume de mercado em 2012. O Brasil é o 4º maior consumidor mundial de nutrientes para a formulação de fertilizantes, representando cerca de 5,9% do consumo mundial, ficando atrás apenas da China, Índia e Estados Unidos.

Apesar disso, a aplicação do produto nas lavouras ainda é baixa em relação aos países com agricultura desenvolvida. No entanto, a velocidade de crescimento da demanda brasileira tem superado a taxa de crescimento mundial, mas o seu atendimento tem ocorrido via aumento das importações desse insumo dado que a indústria nacional não consegue suprir a demanda nacional que tem crescido a altas taxas.

O fato da demanda por fertilizantes crescer mais do que a capacidade produtiva nacional aumenta a vulnerabilidade do Brasil em relação às variações dos preços no mercado internacional, das taxas de câmbio, dos fretes e dos problemas logísticos dos portos brasileiros. Para que a produção interna aumente a sua participação no total das vendas, são necessários investimentos na produção (guardados os limites geológicos) e na infra-estrutura logística (transporte, armazenamento e portos).

O consumo nacional depende, principalmente, do preço recebido pelos agricultores (renda), sendo influenciado também pelo preço relativo dos fertilizantes (relação de troca), política agrícola (crédito de custeio, preços mínimos, etc), expectativa de preços futuros e evolução da tecnologia agrícola.

O Brasil tem importância no mercado mundial não só pelo volume, mas também pelo fato de sua demanda estar principalmente concentrada no segundo semestre (outros principais países compradores concentram suas compras no primeiro semestre em virtude de seus calendários agrícolas), o que lhe possibilita algum poder de barganha.

Segundo dados da ANDA, a safra 2011/2012 teve seu índice composto de crescimento anual de consumo (CAGR) de fertilizantes no Brasil, de 5% em comparação com a safra de 1969/1970. Quando usado de forma correta o fertilizantes tem muito a contribuir para o meio ambiente, pois terá uma área maior para plantio e consequentemente uma produção maior.
 
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A indústria brasileira de fertilizantes sofreu um significativo processo de consolidação nos últimos anos, onde pequenas empresas regionais foram adquiridas, perderam participação ou saíram do mercado. Segundo a LAFIS, 48,0% do mercado de NPK em 1995 estava concentrado nas seis principais empresas do setor, e em 2008 a participação concentrada dessas seis principais empresas subiu para, aproximadamente, 86%. O crescimento da Heringer acompanhou a concentração do mercado de NPK, e estimamos estar entre as 3 maiores empresas de fertilizantes do Brasil, responsável por 16,9% de participação no mercado em 2012, sendo seus principais concorrentes a Yara/Bunge, Fertipar e Mosaic.

O gráfico abaixo mostra as principais empresas do setor dentro das fases de produção de matérias primas e das Fórmulas NPK:

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O consumo de fertilizantes no Brasil é concentrado em quatro principais culturas: soja, milho, cana-de-açúcar e café. Em 2012, tais culturas representaram 74% do total de fertilizantes consumidos no País.

No Brasil, baseado em dados da ANDA, o setor de fertilizantes totalizou vendas de 29,5 milhões de toneladas em 2012.

O aumento do consumo de fertilizantes é um vetor fundamental para o aumento da produtividade agrícola. As áreas de plantio e as taxas de aplicação de fertilizantes no Brasil vêm se expandindo em decorrência dos preços dos grãos sólidos, da melhoria dos transportes e de condições de crescimento adequadas (clima e solo).

Veja ilustração abaixo, onde parte da plantação não recebeu fertilizante:

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(http://www.heringer.com.br/heringer/index_pt.htm)